O gerenciamento de resíduos sólidos possui diversas etapas. A mais importante delas é a redução da produção de resíduos, visando à não geração.
Contudo, quando isso não é possível, faz-se necessário pensar nas próximas etapas, as quais correspondem ao acondicionamento, à destinação e à disposição final de resíduos.
Planejar todas essas fases — especialmente a etapa final, que é a disposição final de resíduos que não puderam ser reaproveitados — é um compromisso de cada cidadão e, mais do que isso, de empresas que se enquadram na definição de grandes geradores.
Neste texto, vamos falar sobre acondicionamento, destinação e disposição final de resíduos e ajudá-lo a entender as diferenças que existem entre esses termos e a importância de cada etapa. Então, continue a leitura e saiba mais!
O que é acondicionamento de resíduos?
O acondicionamento é a etapa da gestão de resíduos que se inicia logo após a geração. Refere-se ao processo de armazenamento dos resíduos gerados em recipientes adequados para o seu transporte.
Cada tipo de material requer condições específicas para o acondicionamento. Por exemplo, o descarte de produtos químicos deve ser realizado em materiais resistentes, como tambores ou bombonas. Já o descarte de materiais orgânicos, como restos de comida, pode ser feito em material flexível, como sacos de lixo, desde que sejam impermeáveis.
O objetivo do acondicionamento é garantir que os resíduos cheguem até seu destino final de forma segura, ou seja, sem perda de material ou vazamentos. Esse cuidado é importante para evitar impactos ambientais e deve ser observado, sobretudo, por grandes geradores em virtude do alto volume de resíduos gerados.
Qual a diferença entre destinação e disposição final de resíduos?
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) conceitua as diferenças entre destinação e disposição final de resíduos. De acordo com a legislação, a destinação final ambientalmente adequada inclui “a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa, entre elas a disposição final […]”.
Já a disposição final ambientalmente adequada, consiste na “distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas, de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública, e à segurança para minimizar os impactos ambientais adversos.”
Como fazer a disposição ambientalmente adequada?
Ao pensar na forma adequada de disposição final de resíduos, é preciso considerar que o primeiro passo para agir de forma ambientalmente correta, é buscar a não geração de qualquer forma de resíduo.
A disposição final deve ser reservada para os casos em que se esgotaram as possibilidades de não geração, reaproveitamento ou reciclagem do material a ser descartado. Para essas situações, torna-se pertinente verificar para qual tipo de aterro sanitário os resíduos serão encaminhados. No Brasil, encontramos três diferentes tipos de aterros.
Aterro comum
O primeiro deles é o aterro comum ou lixão, que são áreas sem nenhum tipo de proteção ao meio ambiente, portanto, inadequadas para receber qualquer tipo de resíduo. Infelizmente, em muitas cidades do país, essa ainda é a única forma de disposição final de resíduos.
Aterro controlado
Trata-se de um aterro comum com algumas adaptações para diminuir o impacto ambiental de um lixão. Apesar disso, aterros controlados continuam sendo uma forma inadequada de fazer a disposição final, sendo utilizados apenas como última alternativa por municípios que não possuem outra forma de dispor seus resíduos.
Aterro sanitário
É construído utilizando técnicas de impermeabilização do solo e sistema de coleta de gases e chorume, que evitam a contaminação do meio ambiente, o que faz dele um lugar adequado para a disposição final de resíduos.
Os aterros sanitários recebem resíduos classe II. Os resíduos perigosos, que são classe I, devem ser encaminhados para aterros industriais, que estão preparados para receber esse tipo de material.
Quais cuidados são necessários ao realizar a disposição final de resíduos?
O gerador de resíduos deve ficar atento à periculosidade do material descartado, certificando-se qual tipo de destinação final o resíduo deve ser encaminhado, observando sempre as legislações pertinentes.
Vale lembrar ainda que, de acordo com a legislação, o gerador é considerado responsável pelos resíduos até o fim do ciclo de vida, logo, considerar a disposição final em seu plano de gerenciamento de resíduos é fundamental para se manter em dia com as normas. Ainda assim, mesmo realizando a disposição final de resíduos de forma adequada, o caminho ambientalmente mais viável é sempre a não geração e a redução da produção de resíduos.
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