A maior metrópole brasileira impressiona por sua dimensão. Afinal, são 12.176.866 habitantes convivendo nos 1.521,11 km² de área da cidade.
Essa massa de pessoas somada aos inúmeros trabalhadores e visitantes que passam pela cidade diariamente é responsável por gerar o equivalente a 20 mil toneladas de resíduos todos os dias. O elevado volume faz com que a disposição de resíduos em São Paulo seja um desafio para a gestão pública e para os moradores da cidade.
Apesar de a prefeitura assumir o compromisso de realizar a disposição de resíduos em São Paulo de forma ambientalmente adequada, a alta quantidade descartada cotidianamente faz com que os aterros sanitários da região metropolitana tenham uma vida útil curta. Por sua vez, a abertura de novos aterros sanitários representa um grande custo social e ambiental, que deve ser discutido pela população.
Neste texto, vamos mostrar como é realizada a disposição de resíduos em São Paulo, quais são os aterros sanitários utilizados na cidade e o que os empreendedores paulistanos podem fazer para colaborar com a gestão de resíduos no município. Se o seu negócio está comprometido com a questão ambiental urbana, continue com a leitura e entenda o que você pode fazer pela cidade!
O volume de resíduos gerado diariamente em São Paulo
A informação de que a cidade de São Paulo produz 20 mil toneladas de resíduos diariamente é fornecida pela AMLURB, a Autoridade Municipal de Limpeza Urbana. Em sua página na internet, a AMLURB esclarece que, desse total, cerca de 12 mil são provenientes da coleta urbana e as 8 mil toneladas restantes se referem à coleta realizada para resíduos de saúde, restos de feiras livres, podas de árvores, entulhos etc.
Entretanto, esses valores correspondem apenas aos resíduos coletados pelas concessionárias contratadas pela prefeitura para a realização da coleta pública. Ou seja, se considerarmos o volume de resíduos produzidos pelos grandes geradores, que são responsáveis pela gestão e contratação dos próprios serviços de coleta, esse valor é ainda maior.
O impacto ambiental causado pela geração desse montante de resíduos é algo que merece atenção. Afinal, ainda que a prefeitura e as transportadoras privadas realizem a disposição de resíduos em São Paulo de acordo com a legislação ambiental, esse volume de resíduos ocupa áreas consideráveis em aterros sanitários, reduzindo a vida útil deles e fazendo com que novos aterros precisem ser instalados na cidade.
Os aterros utilizados para a disposição de resíduos em São Paulo
De acordo com a AMLURB, atualmente, os resíduos da coleta pública de São Paulo são encaminhados para dois aterros localizados na Grande São Paulo. São eles: a Central de Tratamento de Resíduos Leste (CTL), localizada na Zona Leste e um aterro privado localizado na cidade de Caieiras/SP. Além desses aterros, a região ainda conta com outras opções que, além dos resíduos da capital, recebem resíduos dos grandes geradores e também de outras cidades da região metropolitana.
Dentro dos limites de São Paulo existem aterros administrados pela AMLURB e que já tiveram suas atividades encerradas por atingirem a capacidade máxima de disposição de resíduos. Entre eles estão o Aterro São João, localizado na Zona Leste e que teve suas atividades encerradas em 2009, e o Aterro Bandeirantes, localizado em Perus e encerrado em 2007.
O impacto ambiental da abertura de novos aterros sanitários
Apesar de não parecer, o espaço disponível nos aterros sanitários é algo valioso e que deve ser utilizado com sabedoria pela população. Embora sejam imprescindíveis para a disposição de resíduos em São Paulo e em outras cidades, a abertura de novos aterros representa um grande problema ambiental e social.
Aterros demandam um espaço amplo para serem instalados e, de preferência, próximo às áreas de geração de resíduos. Logo, os locais procurados para instalação dessa infraestrutura são aqueles próximos aos aglomerados urbanos e que tenham terrenos com baixo valor de mercado.
Essas duas características fazem com que os aterros, em geral, se instalem em bairros da periferia e habitados por população de baixa renda. Por sua vez, a instalação dos aterros reduz consideravelmente a qualidade de vida dessa população. Os moradores, que já se encontram em situação de fragilidade social, passam a ter que lidar com a desvalorização da área, com o crescimento da população de insetos e roedores e com o mau cheiro.
Além dos problemas sociais e urbanos, é preciso considerar os inevitáveis danos ambientais causados pela instalação de um aterro sanitário, como a remoção do solo e da vegetação para abertura de áreas de aterramento e compactação de resíduos.
A importância do gerenciamento de resíduos
Diante desse cenário, trata-se de um dever de qualquer cidadão, e em especial dos grandes geradores, buscar a redução da quantidade de lixo. Essa é a única forma de prolongar a vida útil dos aterros sanitários, evitar danos ambientais e contribuir para a qualidade de vida de toda a população da cidade.
O gestor de resíduos sólidos não deve se preocupar apenas com a correta disposição de resíduos em São Paulo, evitando locais de disposição ilegais. Muito mais que isso, ele precisa trabalhar para reduzir o volume de resíduos por meio da reciclagem e da reutilização de materiais.
Para saber como reduzir a quantidade de resíduos gerada pelo seu estabelecimento comercial, entenda por que uma gestão de estoque eficiente é o primeiro passo para essa redução. Boa leitura!