Você já ouviu falar em codisposição de resíduos? Apesar do nome pouco comum, a codisposição de resíduos é uma das formas mais amplamente utilizadas para destinação final de lixo.
Mas, apesar de ser frequentemente empregada no descarte dos mais variados materiais, nem sempre a codisposição de resíduos é realizada de maneira adequada, o que pode comprometer o meio ambiente e, até mesmo, a imagem das empresas envolvidas com a prática de descarte ilegal de resíduos.
Para entender qual a forma adequada de realizar a codisposição de resíduos, e descobrir como transformar essa técnica de destinação final em cúmplice do seu negócio, siga com a leitura!
O que é codisposição de resíduos?
Codisposição de resíduos é a técnica de dispor o lixo em aterros sanitários. Após ser depositado no aterro, o material é coberto com uma camada de solo que, após a cobertura, é compactado.
O processo de compactação da camada de solo é responsável pelo aumento da pressão na camada de lixo. Com o aumento da pressão, aumentam as temperaturas do resíduo compactado, essas condições físicas favorecem o processo de decomposição da matéria orgânica, que ocorre em um período menor do que em condições normais de temperatura e pressão.
Além de garantir sua rápida decomposição, o aterramento do lixo evita que o material fique exposto ao ar livre, reduzindo a emissão de gases poluentes, vazamento de chorume, mau cheiro e preservando a qualidade ambiental.
A codisposição de resíduos, recebe esse nome porque os mais variados tipos de resíduos classe II podem ser dispostos conjuntamente em um mesmo aterro, ou seja, não precisam ser separados em virtude de suas características físicas. Portanto, a triagem de materiais que podem ser reaproveitados ou reciclados deve ser realizada antes que o lixo seja encaminhado para a codisposição de resíduos.
Qual é o local mais adequado para a codisposição de resíduos?
O local adequado para a codisposição de resíduos é o aterro sanitário. Nele, o solo é impermeabilizado para que o chorume gerado no processo de decomposição não o penetre, evitando assim a contaminação do lençol freático e, consequentemente, de toda a rede hídrica da região onde se encontra o aterro.
Infelizmente, quando se trata de países subdesenvolvidos como o Brasil, por falta de recursos públicos e privados, em muitas regiões é comum os resíduos serem enviados para lixões e não para aterros sanitários.
Os lixões são locais a céu aberto, nos quais o lixo é depositado sem qualquer forma de contenção do chorume, e dos gases liberados pelo processo de decomposição — o que os torna lugares de alto impacto ambiental e social.
Para remediar essa situação, muitos municípios têm aterros controlados. Esses tipos de aterros, assim como os lixões, não possuem qualquer infraestrutura ou preparação do solo da área para evitar a contaminação do solo e do lençol freático.
No entanto, a diferença é que, nos aterros controlados, o lixo é recoberto com uma camada de solo, o que atenua o mau cheiro e a emissão de gases. Ainda assim, eles estão longe de ser a forma adequada de destinação final de resíduos.
Quais tipos de resíduos podem ser enviados para aterros sanitários?
Os aterros sanitários recebem resíduos classe II A e classe II B, ou seja, resíduos inertes e não inertes. A classe II de resíduos é muito ampla, contemplando desde resíduos de construção civil até materiais recicláveis. Apesar dos aterros sanitários aceitarem esses materiais, isso não significa que eles devem ser encaminhados para o descarte no aterro sanitário, o entulho limpo pode ser enviado para o aterro de inertes.
A construção de um aterro representa um grande impacto ambiental, portanto seu espaço precisa ser utilizado com precaução. Na prática, isso significa enviar para os aterros somente aqueles materiais que não possam ser reutilizados ou reciclados.
Nesse sentido, apesar da codisposição de resíduos ser uma opção para o descarte de plásticos, vidros, metais, etc., é preciso garantir que esses materiais só sejam enviados para aterros como última alternativa.
Como a codisposição de resíduos pode ajudar o meu negócio?
A codisposição de resíduos pode ser uma boa alternativa, para a destinação final dada no final do ciclo de vida do produto gerado pela sua empresa. Isso porque, quando realizada de forma correta, ela não representa um impacto ambiental direto.
Produtos que não podem ser reciclados, como espelhos, papéis molhados ou sujos, papéis-toalhas, cabos de panela, isopores, entre outros, podem ter como destinação final a codisposição de resíduos. Trata-se de uma solução ambientalmente adequada e bastante prática para os empresários de todos os setores.
Entretanto, para que a codisposição de resíduos agregue valor à marca da sua empresa, é importante realizá-la de forma consciente, ou seja, como um complemento a outras formas de destinação final de resíduos, como a reciclagem e a compostagem.
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