O transporte de resíduos desde a fonte geradora até seu destino final requer uma série de cuidados para que essa operação seja realizada de forma rápida e eficiente.
A agilidade é uma questão importante a ser observada porque reduz o risco de contaminação por meio de perda, vazamento ou dispersão de material.
Porém, em muitos lugares, essa operação de transporte enfrenta dificuldades para o escoamento dos resíduos coletados. Nesses casos, o uso de uma estação de transferência é uma solução estratégica para garantir a transferência rápida, segura e barata de resíduos.
Mas, como saber quando o uso de uma estação de transferência é indicado? Como essas estações funcionam? Neste post, vamos esclarecer essas dúvidas e mostrar como a estação de transferência desempenha um papel fundamental na gestão de resíduos sólidos urbanos. Continue a leitura e saiba mais!
O que é uma estação de transferência de resíduos?
Estação de transferência é uma instalação destinada a receber resíduos de forma temporária. É utilizada para armazenar o material da coleta antes de transferi-lo definitivamente para o seu destino final — que usualmente são os aterros sanitários. Portanto, a estação de transferência funciona como uma espécie de entreposto entre a fonte geradora e a disposição final dos resíduos.
Quando a estação de transferência é utilizada?
Como falamos neste post, a construção de um aterro sanitário é um processo bastante complexo, que envolve a busca de um terreno adequado, distante de áreas habitacionais e de preservação permanente e com solo argiloso. Nesse sentido, nem sempre é possível contar com a presença de um aterro sanitário localizado próximo às fontes geradoras de resíduos, o que dificulta o transporte e a disposição final.
Nesses casos, o uso de uma estação de transferência permite acumular os resíduos oriundos do sistema de coleta para, posteriormente, transferi-los permanentemente para seu destino final utilizando veículos com maior capacidade de carga. O uso de desses veículos maiores, capazes de transportar a carga de diversos caminhões de coleta, permite reduzir o custo do transporte e tornar a transferência mais segura.
Em geral, o uso de uma estação de transferência é recomendado quando a distância entre o aterro sanitário e a fonte geradora é superior a 25 km. Entretanto, elas também podem ser uma alternativa para cidades com problemas de mobilidade.
Cidades grandes, que enfrentam constantes congestionamentos, podem ter o serviço de coleta e transporte de resíduos prejudicado. Nessas situações, mesmo que o aterro sanitário mais próximo fique localizado a uma distância inferior a 25 km, o uso de uma estação de transferência também pode se tornar necessário.
Como funciona uma estação de transferência de resíduos?
As instalações de uma estação de transferência são pensadas para permitir o fácil transbordo entre os caminhões utilizados na coleta e o caminhão utilizado para o transporte até o aterro sanitário.
Existem dois tipos de estações de transferência de resíduos: a estação com transbordo direto e a estação com armazenamento.
Estação com transbordo direto
Nas estações com transbordo direto, a carga dos caminhões utilizados nos serviços de coleta é despejada diretamente na caçamba do veículo utilizado para o transporte até o aterro sanitário. Para permitir essa operação, a estação de transferência é construída em dois níveis.
O nível mais elevado é destinado aos caminhões de coleta e o nível mais baixo aos veículos maiores, responsáveis pelo transporte final. Dessa forma, o caminhão de coleta pode despejar sua carga diretamente na caçamba do caminhão responsável pela transferência do resíduo ao aterro.
Um dos problemas enfrentados por esse tipo de estação é o gerenciamento da chegada e da saída de caminhões de coleta em horários de pico. A fim de evitar atrasos no transbordo, a estação precisa contar com uma estrutura adequada para permitir o escoamento eficiente dos caminhões nesses horários.
Estação com armazenamento
As estações com armazenamento permitem que o resíduo seja armazenado para posterior transporte até o aterro sanitário. Esse modelo de estação evita o problema do engarrafamento nos horários de pico da coleta. Elas podem contar ainda com sistema de compactação de resíduos.
Nesses casos, os resíduos são depositados na caçamba do veículo utilizado para o transporte até o aterro e, então, prensados por um êmbolo. Esse sistema permite que uma quantidade maior de resíduos seja transportada até o aterro sanitário, o que ajuda a reduzir os custos da operação e fazer o transporte ser mais eficiente.
Quando utilizada de forma estratégica, a estação de transferências ajuda a tornar o transporte de resíduos mais rápido, seguro e econômico. Além disso, elas colaboram com um transporte ecologicamente adequado, na medida em que reduzem a emissão de gás carbônico com o uso de uma quantidade reduzida de caminhões para a transferência dos resíduos.
Com o crescimento das cidades e as dificuldades em encontrar lugares adequados para a disposição final de resíduos, o uso de estação de transferência vem se tornando um dispositivo cada vez mais frequente e indispensável na gestão de resíduos sólidos.
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